Por Cidinha Coimbra
Caminhar pelas ruas de Paris é contemplar uma imensa obra de arte a céu aberto. Com uma arquitetura rica e diversificada que, desde a idade média até o Século XXI, transita pelo gótico, renascentista, barroco, neoclássico, a arquitetura Haussmanniana que transformou Paris e ainda hoje define a organização urbana da cidade, e a arquitetura moderna, cujo maior exemplo é o Centro Georges Pompidou. Para o visitante, em cada canto, em cada esquina uma oportunidade de se encantar e revisitar a história. Conhecer locais famosos como a Torre Eiffel, o Museu do Louvre, passear às margens do Rio Sena, na praça da Bastilha ou no Arco do Triunfo são um verdadeiro deleite para os olhos. São tantos lugares para conhecer, que a cada viagem é preciso eleger alguns para, sem pressa, apreciar o que eles têm a nos oferecer e nos ensinar.
A majestosa Ópera Garnier ou Palais Garnier é uma desses lugares. Com uma área total de 11 mil m², um palco imenso que pode acomodar até 450 artistas e um auditório com capacidade para 1979 espectadores sentados, a Ópera Garnier é simplesmente monumental. A edificação é toda ornamentada com frisos de mármore multicolorido, colunas e muitas estátuas. Seu interior também é riquíssimo, com superfícies folheadas a ouro, veludos, querubins e ninfas. No salão principal, um candelabro central deslumbrante que pesa mais de seis toneladas e o teto com uma segunda pintura belíssima, feita pelo artista Marc Chagall em 1964, deixam os visitantes realmente impressionados. O Palácio Garnier hoje é um dos dois teatros que abrigam a Ópera Nacional de Paris, sendo o outro a Ópera da Bastilha. Simplesmente um luxo!
Ópera Garnier
Além dos lugares de maior destaque turístico, a capital francesa tem muitas outras regiões que vale a pena conhecer. Entre elas, o Le Marais (lê-se Marré), um dos bairros mais antigos e o mais descolado de Paris, com uma riqueza histórica e cultural impressionante. Um lugar perfeito para passar horas, repleto de boutiques de luxo, pontos turísticos, restaurantes, ruas super charmosas, parques e museus. Lá estão o Museu Picasso com acervo do escritor espanhol, o Museu Carnavalet que conta a história de Paris e o Centro Georges Pompidou projetado pelo renomado arquiteto italiano Renzo Piano. Com estrutura exposta e colorida contrastando com a paisagem urbana tradicional da cidade, o próprio edifício do Pompidou é uma obra prima arquitetônica. Na visita você pode apreciar as diversas formas de expressão artística de renomados como Picasso, Miró e Warhol, explorar as novidades mais recentes nas áreas das artes visuais, fotografia e arquitetura, e ainda, desfrutar da linda vista panorâmica que se tem na área externa do último andar do edifício.
Do alto do Centro Pompidou, uma vista privilegiada de Paris
A arrojada arquitetura do Centre Pompidou
Para finalizar percurso pelo Marais, vale uma parada na casa de chá Carette lugar super agradável para apreciar o movimento da Praça des Voges tomando seu café ou chá da tarde acompanhado delícias da pâtisserie francesa. É a praça mais antiga e uma das mais bonitas da cidade. Com prédios residenciais de tijolos vermelhos, tetos pontudos de ardósia ela tem, em sua parte central, um belo jardim com estátuas e fontes e ostenta em todo o quadrado, prédios com elegantes arcadas, Lá está o Museu Victor Hugo, na casa onde viveu o escritor, uma visita imperdível para os amantes da literatura e da história.
Place des Voges
Museu Victor Hugo
Mas, tão incríveis quanto Paris, são os arredores. Então, vale a pena conhecer alguns lugares, tão próximos, que você pode visitar em passeios bate e volta. Neste tour destacaremos três lugares visitados e que amamos!
Jardin d’eau. Como não se encantar com tanta beleza.
Nos jardins de Monet a ponte japonesa que atravessa o lago também está presente em obras do artista.
Giverny: uma das cidades perto de Paris que pode ser visitada com uma viagem de cerca de 1 hora de trem, partindo da estação Gare St. Lazare. Lá estão a casa e os jardins de Monet, lugar onde o pintor viveu cerca de 40 anos e que atrai visitantes do mundo inteiro. A casa, muito charmosa, é repleta de réplicas dos quadros do pintor. No vasto terreno, com seus conhecimentos de perspectiva, luz e sombra, Monet projetou seu próprio jardim. Um cenário impressionante de cores e perfumes. Passear pelos jardins de Monet é como viver um sonho e se transportar para as telas do pintor. São dois jardins principais: O Jardin d’eau, onde há o lago, cheio de ninféias e referências orientais, que embasaram algumas das mais memoráveis obras de Monet. O segundo jardim, Le Clos Normande, é onde está a casa do artista e possui uma quantidade imensa de flores das mais diversas cores e espécies. Próximo à casa e jardins de Monet também se encontra o Museu Impressionista de Giverny que atrai os amantes de arte.
Na casa de Monet, o azul e o amarelo se destacam na cozinha e sala de jantar, onde o artista gostava de comer bem e receber os amigos.
Reims e a região vinícola de Champagne: conhecida pela produção de champagne, o vinho branco espumante que leva o nome da região, lá estão localizadas as cidades de Reims e Épernay, os centros comerciais da região. Reims é um exemplo de cidade perto de Paris para fazer bate-volta, já que está a cerca de 144 km da capital. Ela é considerada a capital não oficial da região vinícola de Champagne por contar com os maiores produtores da região, com famosas marcas que oferecem degustações e excursões pelas adegas e vinícolas. Outro grande atrativo da cidade é a Catedral Notre-Dame de Reims. Construída no Século XIII, com uma área de 6 650 metros quadrados, a Catedral de Reims – local de coroação dos reis da França - além de belíssima é um dos monumentos de arte gótica francesa e uma das maiores obras arquitetônicas e religiosas da história da humanidade.
Conhecendo o longo e meticuloso processo de produção de champagne.
Fontainebleau: uma das cidades perto de Paris onde fica o Château de Fontainebleu, o castelo real que foi moradia de personalidades como Henrique IV, Luís XVI e Maria Antonieta. Foi a residência favorita dos monarcas e o único habitado continuamente durante sete séculos por todos os reis e imperadores franceses. Composto por várias construções, com nada menos que 1500 quartos e três grandes jardins em um parque de 130 hectares, o castelo era a residência preferida de Napoleão e foi nesse lugar que ele se despediu de sua guarda pessoal antes de partir para o exílio na Ilha de Elba. Tanto, que o castelo abriga uma grande coleção de objetos do grande estrategista francês no museu que leva seu nome. Nas várias salas do castelo, 30.000 obras de arte do Séc. XVI ao Séc. XIX podem ser admiradas pelos visitantes.
Riqueza e detalhes no interior do Château de Fontainebleu.
Château de Fontainebleu visto de um de seus jardins
Mas, é claro que os tradicionais passeios são imperdíveis. Uma visita à Torre Eiffel, símbolo da França, é um deles. Símbolo da França, de todas as partes ela a todos se apresenta. Quanto mais subimos, mais Paris se revela e quando chegamos ao topo o panorama que se tem da cidade vale o passeio.
O museu do Louvre é outro lugar para ser visitado várias vezes. Sua imensidão é impressionante. Com obras riquíssimas atrai todos os dias milhares de visitantes. As obras primas preferidas são a Mona Lisa, a Vênus de Milo e a Vitória de Samotrácia. A pirâmide situada no Pátio Napoleão é o grande símbolo do museu. E você pode apreciá-la e o grande movimento em seu entorno, desfrutando de bons drinks e saborosos pratos no Café Marly. Com decoração suntuosa, que relembra o Louvre como residência real, esse é um dos ambientes mais encantadores da cidade de Paris.
Neste artigo citamos algumas opções de locais para conhecer em Paris e seus arredores, mas há uma imensidão de possibilidades do que apreciar em atrações e beleza dessa cidade com mais de 2000 anos de história, que é um dos principais centros de finanças, comércio, moda, ciência e artes da Europa.
Uma vista privilegiada da Torre Eifeel
A pirâmide do Louvre vista pela varanda do Café Marly.