Jornalista Isabel Minaré 


Hoje, sexta-feira (05), é comemorado o Dia Nacional da Saúde. O tema do momento é a monkeypox, também conhecida como varíola dos macacos. Os casos só aumentam ao longo dos dias. Prova disso é que a Organização Mundial de Saúde (OMS) e os Estados Unidos consideram a doença como uma “emergência de saúde pública". 

A varíola dos macacos é causada pelo vírus monkeypox. Ela é mais leve do que a varíola humana, erradicada no planeta em 1980 e bem mais letal. Antes do atual surto, a taxa de letalidade histórica da varíola dos macacos estava na faixa de 3% a 6%. Os sintomas mais evidentes dela são febre, dor de cabeça, dores no corpo, dor nas costas, calafrios, cansaço, feridas na pele (erupções cutâneas) e gânglios inchados (que comumente precedem a erupção característica da doença). É preciso atenção: as feridas começam vermelhas. 

Depois, ganham volumes e são transformadas em bolhas. Por último, surgem as cascas. Segundo a OMS, a doença é transmitida através de contato próximo com as lesões de pele, por secreções respiratórias ou objetos usados por uma pessoa que está infectada. O uso de máscaras, o distanciamento social e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou a necessidade de adoção dessas medidas, frisando que elas também são importantes para proteger contra a covid-19, pois a pandemia ainda não acabou. 

De acordo com o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, que estuda afinco o surto, não existem tratamentos específicos para infecções por vírus da varíola dos macacos. A doença também não conta com uma vacina própria, mas três vacinas contra a varíola humana podem ser usadas contra ela. Dados iniciais apontam que o imunizante produzido pela Bavarian Nordic tem efetividade de 85% contra a varíola dos macacos. 

No Brasil, ainda não há vacina disponível. Em Uberaba, há três casos suspeitos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Todos passam bem e cumprem quarentena em casa. No Brasil, são 1.721 casos confirmados. A situação é preocupante: o número de casos cresceu 61% em apenas uma semana. Por isso, ele é o sexto país do mundo com mais diagnósticos da doença.