Marcos Moreno


A campanha Abril Laranja é de iniciativa da ASPCA (Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade a Animais) e é realizada por diversos órgãos públicos e iniciativas privadas. Ela objetiva prevenir a crueldade contra animais. 

Segundo o artigo 32, da Lei Federal nº. 9.605/98, qualquer ato de abuso, maus tratos, ferimentos ou mutilações, contra animais domésticos, silvestres ou exóticos pode ser penalizado entre três meses a um ano de detenção e multa. 

Os animais de estimação estão ganhando ainda mais espaço dentro da vida dos brasileiros, e não é por menos, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (ABINPET), mais de 106 milhões de lares possuem pelo menos um animal de estimação, deixando o Brasil em quarto lugar no ranking de países com maior população de pets. Embora esse número seja expressivo, os animais são cada vez mais vítimas de maus tratos. 


Canto bonito? 

Muita gente ainda entende que a questão de “maus tratos” passa apenas pela ação de “dar comida” ou não ao animal. Não falo apenas de cães ou gatos. Há duas gerações, mais ou menos, pelo que entendo de maneira absolutamente leiga sobre “geração”, o tratamento destinado aos animais domésticos era esse mesmo. Cachorro era lá pra fora, gato nem pensar. Cavalos deveriam “guentar o tranco” e pássaros, esses pobres, eram pegos e engaiolados para cantar bonito. Duas gerações não é tanto tempo assim. Ainda hoje conhecemos pessoas que prendem pássaros em gaiolas pelo mesmo motivo. O que dói muito é pensar que assistíamos a essa barbaridade calados. Ainda assistimos e o silêncio é cúmplice da maldade nesses casos. 



Sensibilidade humana precisa de leis 

Não vou me referir aos animais que são criados para esporte e deleite de “criaturas” insanas dentro de corpos humanos, porque já falei disso algumas vezes por aqui.  Bem, sabemos hoje (ou soubemos sempre), claro, que tratar bem um animal, com dignidade e respeito, vai muito além de dar uma comidinha para que ele não morra de fome. É incrível, mas até a sensibilidade humana precisa de leis. Só a humana. Enfim, não maltratar um animal é também zelar pela integridade física e, sim emocional, dele. 


Moda? 

É preciso entender que existem raças de animais que são adequadas a lugares e atividades específicas. Adotar um cão ou gato é ótimo, mas a criação de raças é algo que existe e não se trata de moda. É preciso ter conhecimento do assunto. Por uma questão de exemplo prático, vou falar especialmente de cães e então não posso deixar de falar sobre pessoas que adquirem um cão por considerarem que naquele momento é interessante desfilar com o animal porque está na moda.  Isso acontece muito. Passou a moda, encheu o saco, deu trabalho? Encosta-se o bicho. Isso deve ser considerado “maus tratos”. Comprar ou adotar não é a questão. A questão é como criar esse animal. Venha de onde vier, seja de raça ou não.



Considerações óbvias 

Ao comprar ou adotar um animal, o tutor precisa estar alerta com os cuidados que os bichos necessitam. O que deve ser levado em consideração, seja cachorro, gato ou animais silvestres, é que eles vão passar um longo tempo dividindo suas vidas com seus donos. Eles necessitam de alimentação, higiene, atividade física, vacinação, vermifugação e principalmente amor. O tutor deve manter um acompanhamento médico sobre o desenvolvimento de seu pet, realizando consultas e exames rotineiros. 


Abril Laranja 

Campanhas como Abril Laranja, datas comemorativas, como “dia do animal de rua” (foi no último dia 4), “Dia nacional dos animais” e por aí afora, existem muitas. Todas merecem atenção e respeito. Todas foram criadas com o objetivo de sensibilizar o ser humano para a causa animal. Se a sensibilidade não fala, agora temos lei para falar também por eles.


(Parceiro publicitário: Moreno Pet Blog)


Marcos Moreno

Comunicador, colunista, criador da Coluna Amigo Animal e do Moreno Pet Blog. 

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