Nathalia Marinelli 


O ano de 2020 nos trouxe muitas mudanças e na moda não foi diferente. Moda é comportamento e a maneira de consumir refletirá no nosso visual.

 



O novo normal nos pede mais responsabilidade de consumo e uma adesão urgente ao “slow fashion”, que preza pela diversidade; prioriza o local em relação ao global; promove consciência socioambiental; contribui para a confiança entre produtores e consumidores; pratica preços reais que incorporam custos sociais e ecológicos e mantém sua produção entre pequena e média escalas. A opção do slow-fashion, além de gerar a economia de recursos, também gera a economia financeira a longo prazo, já que o consumo passa a ser por peças de mais qualidade e durabilidade.



Vestir-se, incontestavelmente, é uma maneira de se comunicar com o mundo. Vestir é muito mais do que comprar roupas, vestir é comunicar o que você pensa, acredita e se temos uma nova realidade, novo comportamento, essa mudança também refletirá no nosso visual. 



O momento atual nos trouxe mudanças grandiosas no estilo também. Moletons, roupas mais largas, tecidos confortáveis, pijamas cheios de estilo. De acordo com a WGSN, toda tendência surge por um comportamento de consumo, ou seja, uma demanda do consumidor. E justamente por conta dessa demanda, grandes e pequenas empresas da moda foram obrigadas a se moldar a nova realidade e investiram em linhas "Homewear" (para vestir em casa - em português). 

A expectativa em torno dessa influência nos looks vem da própria história. Após a Primeira Guerra, peças mais funcionais e neutras, inspiradas no universo masculino, ganharam espaço. Depois da Segunda Guerra, foi a vez do New Look de Christian Dior, apostando em feminilidade, sensualidade e silhueta marcada com elegância. Agora, o impacto virá nas roupas e na forma de consumo. Esse novo cenário também jogou luz sobre a importância do mercado digital, as marcas se viram “empurradas” a estarem nas redes sociais de maneira humanizada e precisaram investir no seu e-commerce. 



As grifes ainda serão cobradas a expor seus valores para conquistar um público mais exigente, que vai escolher a dedo quais bandeiras quer levantar com as peças que veste. Diversidade, responsabilidade social, ambiental, inclusão e colaboração são alguns dos temas que vão nortear as produções do futuro.


Nathalia Marinelli

Designer e Branding de Moda. Formada em Design de Moda e especialista em Marketing Digital, Branding de moda (ESPM SÃO PAULO), Instagram (ESPM SÃO PAULO), Moda e Internacionalização (IED MILÃO) e Moda e Storytelling (ESMOD PARIS). 

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