Márcia Resende


Olá, 

"Talvez o maior infortúnio do ser humano tenha sido, em algum momento da sua jornada, ter acreditado ser o centro da criação. Nossa inteligência nos proporcionou muitas conquistas... 

... E hoje sofremos de uma profunda doença chamada egoísmo, que nos leva a manifestar um grau insustentável de desrespeito à natureza e aos outros seres humanos, além de uma profunda ignorância em relação ao significado da vida" Sri Prem Baba 

O que temos vivido durante esta pandemia representa claramente o poder do egoísmo. 

Estamos juntos! 

No post desta semana, vamos refletir um pouco sobre a Geração Z, a pandemia e o isolamento

Trago para nossa reflexão um questionamento feito pela minha filha, de 15 anos: 

- Mãe, você sabe que somos chamados de Geração Z, não é? 

- Sim, por quê? 

- Fico pensando em tudo que está acontecendo. Será que, como no alfabeto, seremos a última geração do mundo? 

Qual o compromisso que esta geração tem diante deste mundo que se apresenta? 



A Geração Z, com todo o conhecimento e habilidades, vem com uma missão de reconstruir a partir do compartilhamento. "Cidadãos do Mundo". Essa geração é capaz de viver múltiplas realidades, presenciais e digitais ao mesmo tempo. Prever, antecipar e simplificar são seus imperativos. Mobiliza ações e comunicação corretivas de forma rápida. Realista ao extremo, prática, busca sempre a satisfação de suas necessidades. É muito pragmática. Exalta a individualidade e entende as diferenças. É a geração dos amigos. É ativista, compassiva, um tanto anarquista, questionadora e às vezes rebelde. Transita por muitas comunidades, não importa a ideologia ou a corrente de pensamento. Sempre estabelece um ponto de conexão entre as pessoas. Tem uma grande chance de revolucionar. Canta, dança, fala alto, expressa-se com naturalidade. É feliz! 



- Minha filha, você já parou para pensar na capacidade de reconstrução que vocês têm? Depois desta crise, nosso planeta vai precisar de pessoas com todas as qualidades que a sua geração apresenta. Pessoas inclusivas, porque vamos precisar de muitos saberes. Pessoas humanas, que precisarão ter a capacidade de se colocar no lugar do outro. Pessoas multitarefas, que precisarão pensar vários processos, porque o mundo não vai querer ficar entregue nas mãos de poucas pessoas e as tarefas serão múltiplas. Vocês terão condições de concorrer a postos de comando com menos ambição e mais abnegação. Vocês serão atores principais nas mudanças sociais, políticas e científicas. 

Ter uma conversa sincera sobre tudo que está acontecendo é imprescindível. Vamos juntos acompanhar fontes confiáveis, que tragam clareza da situação, pandemia, temas políticos e sociais. Todos esses assuntos no futuro serão históricos e estar atentos e informados ajudará no desenvolvimento do saber crítico.  



Nossos filhos acompanham a dificuldade em dar uma resposta ao vírus. Depois desta experiência, eles estarão dispostos a lutar pelo que acreditam. Vão se unir, independentemente de qualquer diferença que exista. Vão querer estar à frente e antecipar qualquer problema. 

Com a nossa ajuda, aprenderão a viver com menos, ter mais paciência e atentar para o que realmente é verdadeiro e justo. 

Li duas frases que gostaria de compartilhar com vocês para finalizar nossa reflexão. 

“E se o isolamento fosse usado como incubadora de uma nova geração de líderes?” 

“E se o isolamento fosse aproveitado para ajudar nossos filhos sem escolas por semanas a desenhar a letra A? A de Agora!” 

Que o Z desta geração seja o surgimento de homens mais zelosos e o início de um novo alfabeto!  

É possível!


Meus filhos, minha Geração Z, em Ouro Preto (MG).


Márcia Resende

Especialista em Teen, Life e Professional Coaching. Escritora de textos motivacionais, de liderança e comportamento para a página Coaching e Champanhe for Woman, de Portugal, para o Portal R2S e para a revista da Sociedade Latino Americana de Coaching. 

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