Mercado expande durante pandemia


Jornalista Isabel Minaré


Homens gostam, procuram e compram lingeries. Prova disso é o boom nas vendas. Eles não querem as peças femininas, mas sim aquelas feitas especialmente para o corpo deles. A procura é por roupas íntimas sensuais e maiores do que uma sunga. Difícil de encontrar? De jeito nenhum! De olhos nas oportunidades, várias empresas se desdobram pelo globo para satisfazer perfeitamente cada cliente, com diferentes gostos e tamanhos. Um bom exemplo é a Leak, que direto do Brooklyn, em Nova York, fabrica, collants sexy com renda e transparência. Usa aquele velho truque do “mostre e esconde”. É conforto, sensualidade e inovação num produto só. Além disso, agregam valores de expressão de gênero.


Collants da Leak. Foto: Instagram Leak


Criada em 1983 na Itália, a grife de lingerie Cosabella é reconhecida pela excelente qualidade, catálogo variado e luxo, muito luxo. Desde novembro, decidiu ampliar e começou a vender tangas semitransparentes e fio-dental coloridas no site. O mercado é amplo e inclui gays, não-binários e heterossexuais. Usa quem quer usar.


Renda, cor e fio dental para homens. Foto: site Cosabella


A marca de lingerie de Rihanna, Savage x Fenty, também entrou para o nicho da moda íntima masculina. Conhecida por ser bastante inclusiva, tanto pelos tamanhos quanto por quem a utiliza, a marca lançou a coleção em 2020. Em 12 horas, já não tinha mais nada no estoque. Para se ter uma ideia da relevância, segundo a Forbes, a grife tem valor estimado em US$ 270 milhões, equivalente a cerca de R$ 1,4 bilhão. A etiqueta revelou o plano de expansão para garantir endereços físicos autônomos e abraçar novos públicos.


Savage x Fenty, da Rihanna, sempre foi inclusiva. Foto: site Savage x Fenty


Outras fábricas também têm penado para atender essa demanda do mercado. É o caso da Fleur du Mal, que esgotou todas as boxers de renda em dois dias. Resultado:  mais de 500 clientes em fila de espera! De acordo com a WGSN, consultoria de tendências, o movimento é reflexo de uma geração mais diversificada e inclusiva.


Venda de boxers de renda da Fleur du Mal surpreenderam. Foto: site Fleur du Mal


E o mercado brasileiro? Está resistente. Foi o caso da HSMen’s Underwear, que criou uma coleção de lingerie masculina, finalizada em 2016, dois anos após ser criada. Faltaram repercussão e divulgação. Não está na hora de voltar?